sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Novos formatos, para a mesma História (05/06/09 ás

Algumas pessoas me perguntam o que pretendo fazer cursando História...Hummm, ser Historiadora é claro...Alguém pergunta para um estudante de medicina o que ele quer fazer com medicina? Ok, perguntam..Qual a área que ele prefere dentro da medicina, mas o foco parece outro...

Adoro História, e não quero obrigar ninguém a gostar, mesmo...Acho que cada um segue sua trilha (apesar de ser meio clichê funciona...Sigam seus caminhos garotos...)

Na verdade até entendo, é dificil despertar o interesse das pessoas pelo estático...Aquele fato que não tem mais voz...Sempre dizem: Porque devo estudar o que já passou? para que guardar todas estas datas? o que tem a ver com minha vida estes fatos?


Ninguém sabe que estas falas têm uma justificativa...Nasceu em 1837, desde que a disciplina de HIstória passou a ser autonoma das outras ciências da área de humanas e a servir a interesses políticos e ideológicos especificos. Para ensinar esta matéria os professores recorriam a memorização de datas e na repetição dos textos escritos.Ora assim é fácil ficar chato...Até o assunto mais interessante ficaria...Mas sabe o que eu acho incrivel? A nossa capacidade de reinvenção...

Existem muitas formas de falar sobre a mesma coisa,sem ser repetitivo...É como fazemos com os relacionamentos, como agimos com os amigos ou romances...Podemos até falar sobre o mesmo assunto, mas podemos fazer isto cada vez de uma maneira diferente e tornar a rotina desafiadora, todo instante...

É a mesma HIstória? Ora, não precisamos trocar a cor do chapéu da Chapeuzinho Vermelho...Mas podemos colocar uma ponte no caminho e fazer com que ela pare para colher uma flor para levar para vovó, isto não muda o contexto..Existem formas e formas de se fazer isto...

Outro ponto importante esta no sujeito que ensina...Tenho um exemplo que eu adoro...



Sabe aqueles professores que usam e abusam do talento de comediante para educar os alunos?

O Professor Carlão é um destes...Existem aqueles que não gostam, criticam, mas acredito que assim como toda forma de amor é válida, toda forma de ensinar também deva ser...

Para ter uma idéia e aprender um pouco sobre a Primeira Guerra Mundial, segue um trecho da aula...






Tudo pode ser uma grande brincadeira, sem banalizações. Este profissional, e sim pasmem ele é um profissional, adquiriu esta técnica ao longo dos anos. É inegável que ele tenha muita bagagem e com o decorrer do tempo acabou aprendendo como transmiti-lá de formas diferentes...

Não sou palhaça, certamente não terei os talentos de Carlão em sala, mas terei outros e não medirei esforços para usá-los, sem me agredir é claro...

Outras formas existem, para tudo...

Para responder o primeiro parágrafo: Isto que quero com História, achar novos meios de dizer as mesmas coisas...Como entender mais do mesmo? Reinventando o óbvio, acredito...

Uma coisa vocês podem ter certeza, todos daquela sala saíram entendendo exatamente o papel do Brasil na batalha, com a explicação do Professor Carlos, e ele pode seguir a matéria, entrando em outros enfoques e trazendo a história para mais perto dos seus alunos...


Um comentário:

  1. Nada melhor do que a gente fazer o que gosta, não é mesmo? Que bom que você é uma pessoa preparada, interessada - pelo que se vê em seus textos bem escritos - com vontade de aprender e ensinar. Acredito que em seu curso você irá ouvir que o passado não é ‘estático’, mas ‘vivo’. sempre aparecem novas abordagens, novas compreensões, novos estudos sobre fatos e épocas remotas, como vira e mexe aparecem teorias novas sobre como estudar e interpretar o ocorrido. Não vou me alongar muito, mas desejo-lhe sorte e sucesso. Dou aula de história e pelo jeito você o fará também, e pelo jeito o fará muito bem. Um abraço

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